Blog do Avô

O Primeiro Blogue sobre Corfebol (mas não só) em Portugal!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Introspecção

Desprende-se a etérea matéria do mais volátil do Ser e acomoda-se nas frestas que o espírito entrevê. Consolida-se e, a meio do percurso, massa informe mas laborável, cria as pontes onde o vazio existia e unifica o Universo, que regressa à sua forma natural, ao seu originário Futuro.
E desta forma dedica-se uma entidade a construir o que vê como Melhor dentro do Todo de algo que Ama. E desta forma o Sonho do Eu edifica o Ideal, que o é para Mim e portanto o deverá ser para quem Me não seja. Utopia Egocêntrica? Claro! A cada qual o seu referente, desde que o Meu seja o Real.
E porquê o Corfebol para alvo da consolidação do Volátil, para Edifício a merecer o esforço da Unicidade primeva?
Dirão os cépticos recantos da Mente, essa que tanto discute consigo mesma, que o acaso se encarregou de fazer chocar o percurso de vida individual com o percurso de desenvolvimento da Entidade Corfebol. Dirá o conjunto maioritário de Delegados ao Congresso dos Recantos da Mente que o Destino colocou frente-a-frente ambos os percursos não como um desígnio decorrente da sua actividade de Destino, mas antes que esse frente-a-frente foi, de per si, condição sine qua non para a consumação do Destino enquanto tal e, mais ainda, dos próprios percursos, que são causa e efeito de si mesmos. E no dito Congresso o Sonho saiu Vencedor, com uma coisa estranha de entender a seu lado, chamada Corfebol. E é isso que aqui faz um Avô, e é disso que se faz o Avô, que sem o primado do Sonho/Corfebol não havia Avô e sem Avô não havia o Corfebol como o Vejo.