Blog do Avô

O Primeiro Blogue sobre Corfebol (mas não só) em Portugal!

segunda-feira, maio 16, 2005

O Regresso do Figo Pródigo

O mais proclamado luso-chutante da bola da actualidade abdicou do seu direito de vestir com quina a tapar o coração. Abdicar do direito é uma expressão condescendente, penso eu. Mais acertado seria dizer que recusou a responsabilidade de o fazer. Ou, mais acertivo, que desprezou a obrigação.
Mas agora, tudo indica que voltou atrás.
Alguém que pratique um desporto a nível federado tem de estar disponível para representar a Selecção do seu País. Não sei se isto está previsto regulamentarmente nas várias modalidades e nos vários países, mas devia estar. Sei que, após as Guerras Sassoeirinas do Corfebol Português, havia um provocador lembrete em plena ficha de inscrição de atletas a dizer que quando um tipo entregava aquela ficha estava automaticamente obrigado a ir à Selecção quando chamado a isso. Salvo os óbvios exageros de forma, o princípio era óbvio.
E mesmo que não haja suporte escrito, devia haver pressão moral. Principalmente nos casos profissionais. Então um gajo serve-se do Desporto para ganhar dinheiro, serviu-se da Selecção para se promover, mas agora que a fama é bastante, fica-se só pelo clube, que é donde vem o pilim?
Enquanto se joga, é-se seleccionável. Se se deixa arrastar a carreira até se ser velhinho, então caberá ao seleccionador decidir quando é que deixa de contar com o jogador. Nunca ao próprio!
O que é válido para Luís Figo, é válido para Pedro Barbosa, Vítor Machado, João Vieira Pinto, Tiago Santos e todos os demais. Opino Eu de que.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem a propósito este comentário... E, finalmente, lá tenho oportunidade para discordar (ainda que apenas em parte), da entidade "Paternal".
Estar disponível para treinar e jogar pela selecção é um compromisso que não deve ser imposto. Parece-me da mais elementar honestidade moral que jogadores como o Tiago, o Castro ou o Vitor digam "não" à selecção, se tivermos em consideração que eles não pretendem integrar a selecção nos próximos campeonatos. Talvez até pudessem estar presentes pontualmente num treino, ou até mesmo num jogo... Mas não prescindiriam das suas vidas para representarem Portugal na próxima competição!! Então o que devem fazer?? Tapar o lugar a outros, estando disponíveis para certos treinos ou permitir que esses jogadores adquiram alguma experiência que poderá ser muito importante na competição?! Não é fácil dizer "não"!
Comparar Futebol e Corfebol nesta situação é ignorar um pequeno porMAIOR: profissionalismo! Por muito que queiramos, todos temos uma entidade patronal que nos permite viver e esta entidade é diferente da Federação Portuguesa de Corfebol...
Também não tenho dúvidas que, caso quisessem regressar, qualquer dos 3 jogadores supra-citados teria lugar de caras na equipa. Pelo menos 1 deles (Johnny Castro, esta é para ti...) espero que ainda reconsidere!!!... Os outros dois é mais complicado!
Como qualquer coisa feita neste desporto, a ida à selecção tem de ser por "paixão" e nunca por "obrigação".
Só mais 1 pequeno argumento: então não há jogadores que ganham muitos milhares de €€€ e que se recusam a viajar por terem aerofobia?!?!?
E outros ainda que escrevem, escrevem, escrevem e depois não dizem quem são?? Quer dizer, afinal em que é que ficamos?!? Fico chateado, com certeza que fico chateado! Ehhh!

Saudações leoninas de orgulho ferido.

segunda-feira, 16 maio, 2005  
Blogger Avô said...

De acordo.
A distinção entre amador e profissional é evidente.
Desde que seja na perpectiva que adiantas, ou seja, o facto de não se integrar treinos sabendo que já não se vai jogar na altura para a qual esses treinos conduzem. Talvez o erro esteja na comunicação, no só sabermos da missa um terço.
E o terço será o Vítor, que já deu sinais (sendo o mais visível o seu BI)que nos levam a não ficar surpresos se para o ano não pisar os campos. Do Tiago e, sobretudo, do Castro, uma decisão semelhante cairá como surpresa, pelo menos para alguns, decerto os menos informados, como este velho ancião que da sua poltrona vos vai vendo a fazer magia por esses pavilhões fora. E como gostaria de nunca ver os mágicos a embainhar a varinha!
Chegou-me, entretanto, por aquelas vias sussurrantes de que orgulhosamente me rodeio, a informação de alguém que recusou a estreia na selecção. Alguém da tua equipa que não foi aos treinos precisamente porque não tenciona jogar no próximo ano. Talvez porque venha mais um neto à nação Corf. É que isto de só falarmos de homens é muito pouco corfebolisticamente correcto e as mulheres têm esse terrível handicap da maternidade.
A ti que ainda vestirás, não de quina, mas de estilizado éfepêcê, ao peito, a tapar um coração que palpita por esta coisa de mandar uma bola chocar com a verga, as maiores felicidades, extensíveis a todos os outros que nos farão cantar o nome pátrio com um eco que soará da Catalunha à Hungria e da Hungria a Praga.
Viva Portugal!

PS - Quanto ao Figo Pródigo, bom regresso!

domingo, 29 maio, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Não tenho medo das palavras nem tento na língua. Estamos a falar dos 2 melhores jogadores (homens) da actualidade. Por muito que possamos dizer, penso que algumas decisões já estarão tomadas. Só espero que o Castro não me surpreenda (negativamente).
Miguel Costa, Tiago (GDBD), Carlos Faria (já está cá há tanto tempo que nos esquecemos que tem 20 e poucos anos), Telmo (GDBD B), mais outro rapaz dos Bons Dias B que não me recordo o nome... Entre outros que por incompetência pessoal não referi aqui, é a vossa vez! Façam este Avô ou o "filho" deste continuar a escrever por amor à modalidade.
Por enquanto não é tempo de despedidas. Ainda falta 1 jogo. Depois disso, falaremos!

segunda-feira, 30 maio, 2005  
Anonymous Anónimo said...

O q são a "Guerras Sassoeirinas"?
Tou a precisar duma lição de História?

segunda-feira, 30 maio, 2005  
Anonymous Anónimo said...

João Castro é mesmo um grande jogador, saltei nas bancadas devido as suas “batatas” e claro por "brincar" com os adversários. Por muitos aclamado como o melhor jogador de sempre português. É claro que ingressou no Fortuna (equipa de top Holandesa) no seu tempo de estudante, mas nem por isso é aclamado por mim como o melhor jogador "Tuga" de sempre.
Um atleta é feito pela sua capacidade atlética e pela sua fundamental capacidade psicológica e nisso o João Rainha Castro é fraco. Ressentiu-se e aí está a prova.
Este ano não jogou mas felizmente se o deus Corfebol quiser para a próxima época entrara na competição para mal dos defesas :p
Atentamente.

terça-feira, 05 agosto, 2008  

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