Blog do Avô

O Primeiro Blogue sobre Corfebol (mas não só) em Portugal!

segunda-feira, julho 24, 2006

Os Nossos Heróis

É nosso, somos mesmo assim... Ou estamos em estado de profunda depressão ou então em grande euforia. Somos tugas.
A prestação da selecção nacional de futebol tinha mesmo de ser um oito ou um oitenta, mesmo que tenha sido um... sessenta e cinco. Quarto lugar é bom, é porreirito, e pior não podia haver para a nossa maneira de ser, tudo menos de brandos costumes. Se tivéssemos ficado pela fase inicial, era excelente para os jornais e para o bate-boca público. Se tivéssemos ido à fina, era excelente para os jornais e para o bate-boca público. Assim... enfim, o quarto é mais para o bom que para o mau, portanto vamos reagir como se de uma final se tivesse tratado.
Vamos receber a malta em êxtase, do aeroporto ao estádio nacional. Vamos dissecar as suas vidas, os casamentos, as férias, a infância...
E vamos aceitar de bom grado que, num país em crise, haja uma lei que permite a isenção fiscal para prémios referentes a conquistas de grande mérito... Como um quarto lugar num campeonato do Mundo.
Os senhores presidentes da FPF e do Sindicato dos jogadores não fizeram mais do que o seu papel, ao defenderem as suas damas. Tanto mais que a lei existe - estúpida ou não. Ainda por cima, os próprios governantes exaltaram o mérito grandioso conquistado por estes dignos representantes pátrios.
Felizmente para o bom senso, infelizmente para a Lei, a coisa não passou. Senão, lá teríamos os jornais e o bate-boca público a debater esta questão, ocultando o facto de no Verão não haver mesmo tema de conversa a não ser o Sol abrasador que nos consome.
Mas isto tudo fez-me lembrar outros heróis - os Nossos Heróis - que em 1995 foram a um pódio mais impenetrável que o do futebol. A esses, um senhor secretário de estado garantiu que pagaria algo que nem um prémio de desempenho era. Prometeu que cada um receberia nada mais nada menos que aquilo que tinha gasto na sua viagem. À altura, qualquer coisa como 100 contos, muito para mim, muito para quem o gastou... pouco para o Estado ou para os profissionais do ludopédio.
Mas, meus amigos, palavra de secretário de estado vale o que vale. Até hoje ninguém viu a cor do dinheiro.

quarta-feira, julho 05, 2006

Floricórfia

Não somos muitos, mas somos, somos tantos,
Somos ricos em sonhos e pobres, pobres em ouro,
Mas não interessa, porque eles com o dinheiro
Não compram amigos e sonhos e espírito desportivo.

Pobres modalidades ricas...