Blog do Avô

O Primeiro Blogue sobre Corfebol (mas não só) em Portugal!

quarta-feira, abril 26, 2006

Corfebolopédia - ACEFI

Algarve
Uma das regiões onde o Corfebol nacional mais se desenvolveu em determinado período da nossa história, está agora algo adormecida. Merecedora, inclusivamente, de um Delegado Regional, o mais perto que a nossa estrutura tem de uma Associação Distrital. O Gonçalo Arez, alentejano tornado algarvio por via marital, tem sido a ponta da lança corfebolística no Reino dos Algarves.
O Algarve tem muitas escolas a praticar Corfebol, teve dois clubes (União Desportiva Messinense e Clube de Corfebol do Algarve) e tem muitos ex-atletas espalhados por essa faixa a Sul. É uma região com grande potencial de desenvolvimento.
Para além disso, tem a praia.

Calado, Adelino Jorge
O Pai do Corfebol Português. Nem sempre reconhecido como tal, talvez por culpa própria, talvez por um conjunto retorcido de desentendimentos e costas voltadas com quem assumiu a liderança do processo de desenvolvimento da modalidade. Apesar de ter optado por caminhos sempre polémicos, Jorge Calado é uma pessoa de competência e amor ao Corfebol inegáveis. Foi o responsável pelo Corfebol no Sassoeiros e na Escola Secundária de Carcavelos, em ambos os fôlegos deste Clube.

Estado
O Estado é o principal financiador do Corfebol em Portugal. Ao Estado, através das suas instituições próprias (IND, IDP; CEFD...), tem a FPC de prestar contas e apresentar resultados. Enquanto os financiadores privados não assumirem um papel mais relevante, está a modalidade suspensa pelas variações politico-económicas do País.

Faria, Clã
De todos, o mais velho dos corfebolistas saídos da família Faria, o André, é o que tem tido menos protagonismo no mundo corfebolístico.
A Joana é actualmente a Presidente da Comissão Técnica da FPC e dirigente do Núcleo de Corfebol de Benfica. É internacional sénior e conta na sua carreira com muitos anos ao mais alto nível enquanto jogadora e várias experiências como treinadora.
O Carlos, o mais novo, é um dos árbitros mais conceituados da actualidade. Apesar da idade, joga há vários anos no topo qualitativo do Corfebol nacional, tendo já uma longa carreira nas selecções jovens portuguesas. Tem-se dedicado seriamente à carreira de treinador.

Idades
O Corfebol é um Desporto para toda a família. Na Holanda, essa realidade salta à vista quando se visita um clube tradicional. Em Portugal, temos tido exemplos interessantes de pais a jogar com os filhos. O Sassoeiros, e agora o Carcavelos, são casos paradigmáticos desta situação. Recordamo-nos com saudade de uma equipa “D” do Sassoeiros, em que coexistiam os mais idosos com os mais jovens atletas do campeonato.
Hoje, podemos ainda olhar para o bom exemplo do Vítor Machado, ou do Nuno Ferro (mais esporadicamente). Na outra face da moeda, temos a Sofia Pinhão, que aos 10 ou 11 anos já jogava na 1ª Divisão.

segunda-feira, abril 24, 2006

Quero Mais!

Se é bom ver gente que já não se via há quilos, melhor ainda é vê-los jogar. Que saudades!
Um contingente monumental de Odivelas, misturando algumas figuras que não têm gasto muito dinheiro no ginásio com estrelas mais actuais, cilindrou o colectivo isefagonclubiano. Tudo regido por um árbitro internacional que os campos portugueses bem gostariam de ver regressar. Mesmo sem ritmo, sem prática, sem actualização, olhem que a exibição do homem de preto fez muitos reclamarem o seu regresso.
A festa fez-se. Participada, alegre, bancadas cheias. O que fez mais falta foi um serviço de baby-sitting, mas fica o aviso para a próxima edição.
Estrelas de 2ª, Estrelas de 1ª, Estrelas de palmo e meio, Estrelas de meio palmo, Estrelas cadentes (são sempre as mais bonitas de se ver)... Tantos jogos! Tantas Estrelas!
Quando é que é o próximo?

quinta-feira, abril 13, 2006

Um Raio de Sol, no Reino do Corfebol

Apetece-me partilhar convosco uma história. É uma história de alguém que nem conheço, mas que acho que pode trazer uma centelha de optimismo ao nosso Mundo.
Está em inglês. Peço-vos desculpa pelo facto. Não me parece que tivesse de a traduzir. Toda a gente que se senta à frente de um computador para ler um Blogue tem de, pelo menos, arranhar a língua de Beckham (algumas meninas haviam de adorar arranhar a língua do Beckham...). Talvez não toda a gente, admito, mas deixem a minha preguiça repousar nessa convicção. Se fosse em checo era pior!
É um texto de um árbitro inglês. Cá vai ele...
So... yesterday I was reffing Supernova v Manchester. There were about 10 minutes to go in a tight game, when there was a little flurry of goals. Just afterwards, I noticed that my scorecard and the scoreboard were different. I had Supernova leading 11-10, and the scoreboard said 12-9. So one of us had marked a goal down to the wrong team.
I spoke to the (Supernova) people looking after the scoreboard, and asked them to change it so their score and mine tallied. I said that I understood that there was a discrepancy but that until the end of the game my scorecard was the best we had and so I wanted the scoreboard to agree with it. They agreed, reluctantly, but with good grace.
In the last few minutes Manchester scored one more goal, leaving the final score at 11-11 or 12-10, depending on who you believed.
I spoke to Matt McConville, the Manchester captain, and explained that there was a discrepancy. He spoke to his team and asked them how many goals they had scored. They said 10. This answered my question - it was obviously me who had made the mistake. The final score was 12-10.
My point is this... Supernova could have made a big song and dance about the scoreboard being correct. But they didn't. Manchester could have claimed an extra goal. But they didn't. Both teams (and their supporters) acted entirely honourably and in good faith, and so we were able to rectify an honest refereeing mistake. No arguing, no bitching, just a dialogue and a decency and honesty all round.
Sometimes (in the Oxfordshire League and the National League) I wonder why I bother refereeing. But sometimes I am reminded.
Love, Sweetness & Light
Dom

sexta-feira, abril 07, 2006

Corfebolopédia - MNPRSTV

Mário Lourenço
Primeiro treinador e dinamizador do Clube de Carnaxide Cultura e Desportos, consta que terá sido o primeiro técnico a receber dinheiro pelo trabalho. Teve também responsabilidade no Corfebol da Escola Luísa de Gusmão, com Jorge Calado.

Net
O Corfebol na Rede, em Portugal, começou com a página da FPC criada por Mário Godinho, ainda sem o impacto das sucessoras, com Luís Simões ou Carlos Escórcio.
Os clubes não descuraram esta forma fundamental de comunicar e várias têm sido as incursões corfebolísticas na Net.
O Avô criou o primeiro site (este Blog) individual sobre Corfebol em Portugal.

Publicações
Se a Net é hoje uma realidade acessível a quase todos, tempos houve em que o papel era a melhor forma de chegar à comunidade. Uma das instituições mais marcantes do ISEF AC era um jornal fotocopiado, sempre com capa azul vivo, chamado Corf&Nós.
Depois, tanto a FPC como vários clubes, tiveram os seus boletins informativos.

Rogério Gomes
Iniciado no ISEF, Rogério Gomes notabilizou-se sobretudo pelo trabalho desenvolvido no Sassoeiros, como atleta, treinador e árbitro e também no Colégio Marista de Carcavelos. Na altura, esse era o núcleo de maior sucesso nas competições jovens, tendo fornecido muitos jogadores ao Sassoeiros.

Sílvia Silva
Uma verdadeira CorfTrotter, começou pela Secundária de Odivelas, transitou para o CAO, passou pelo Sassoeiros e está agora no NCB, ao mesmo tempo que treina o Odivelas FC. É internacional Sénior.

Tiago Santos
Um jogador completo. Começou na José Gomes Ferreira e manteve-se fiel ao NCB até hoje. Após ter sido considerado o melhor jogador português, abandonou o Corfebol.

Vanessa Neves
Uma vida dedicada ao Clube de Carnaxide, como atleta, treinadora, árbitra e dirigente. É hoje uma figura indissociável deste Clube.
Nos últimos anos tem sido Team Manager das Selecções Nacionais.

sábado, abril 01, 2006

Incongruências

Isto anda tudo doido!
Por um lado, os espanhóis, ou catalães, ou lá o que é, não podem ir ao Campeonato da Europa na Hungria e, a menos de um mês do evento, Portugal é chamado a participar.
Por outro, a mais de meio ano de outro evento, Portugal perde a organização do Europeu de jovens porque, parece, não mandou a tempo um papel qualquer para os internacionais mandantes desta coisas do Corfebol.
No primeiro caso, vá-se lá saber o que é que o Estatuto Autonómico da Catalunha, aprovado esta semana no Parlamento espanhol, tem a ver com o impedimento de chamar "Catalunha" a uma selecção que vai representar-se a si mesma ao Europeu. Até devia ter mais hipóteses de o fazer, digo eu, que percebo pouco de estatutos autonómicos e até acho que deviam coroar o Alberto João na Madeira, para deixar de nos chatear.
Mas Portugal, porque quer ganhar alguma coisa com isto, até vai lá, à Hungria, entre as margens danubianas de Buda e Peste, com umas semanitas de preparação e orientado por um seleccionador ainda a definir, uma vez que um já fechou a loja (mesmo que à distância) e outro só abre portas lá para finais de época.
O segundo caso ainda é mais incompreensível. O mesmo país que desenrasca o enrascanço que o Estatuto Autonómico originou é o país que se vê impedido de realizar um evento importante para o seu desenvolvimento, porque... um papel qualquer, que ainda não percebi qual, não foi enviado a tempo para a Federação Internacional, a mesma que pediu aos lusos otários para cobrir a falha dos espatalães, ou catanhóis, ou lá como é que se chamam.
Portanto, não teremos cá o Europeu de jovens em Novembro, mas vamos estar presentes na Hungria, com os seniores.
Não sei se ria ou se chore... ou se ambos, ou se nenhum.
Já agora, onde será então o Europeu que nos retiraram? Vou-me rir e chorar muito se ainda cair na Catanha, ou Espatalunha, ou lá como é que se chama.