Blog do Avô

O Primeiro Blogue sobre Corfebol (mas não só) em Portugal!

terça-feira, maio 27, 2008

Hiro, "the Hero", voltou a fazer das suas


Alguém manipulou o continuum espacio-temporal.

Nunca mais chega o 2º dia da Junior World Cup.

sexta-feira, maio 16, 2008

Júlio Miguel, o Filho

Todos somos filhos de mãe e pai. Todos podemos já ser um vir um dia a ser pais ou mães. Todos podemos vir a ter um progenitor preso. Todos podemos ter filhos a ver-nos, um dia, nessa situação. Sabe-se lá! Ao preço que anda o arroz…
Por isso não pensem que gozo com a aflição do petiz a quem, a pedido de duas ou três famílias, agora dou voz. È pela música, só pela música. Não me venham, portanto, com aquela de que não se deve escarnecer das mágoas alheias.
Escarneço então da música, só da música. Nunca do moço ou do seu paizinho, que um dia “praticou erros” e foi “intruso”, e agora está “repeso”, mas que anseia viver de novo a “vida com brilho”, para “salvar o seu filho”.
Até porque, se fosse essa a ideia, podia vir aqui com piadas foleiras, tipo: se o pai ouvir a música que o filho lhe dedicou ainda vai é querer ficar na choldra, para não ter que o ouvir mais. Ou então: que o tipo que gerou um cantor destes merece mesmo é estar lá atrás das grades.
Mas não. Nunca tal por tal nunca ser.
É mesmo, num sentido de serviço público, para dar a conhecer a todos esta impagável música, que nos engrandece enquanto portugueses e conscientes dos valores familiares.

Aliás, até acho que, com as devidas adaptações, esta música deveria ter sido utilizada no genérico do primeiro Prison Break. O mano que “está sofrendo, nas grades da prisão”, que tem o mano a “sofrer consigo até à liberdade”. A sofrer tanto que até vai lá para dentro só para o safar, com as consequências trágicas que daí foram advindo ao longo de muito, muito, tempo.
A dedicação deste jovenzito pelo seu pai até me inspira a engendrar um Prison Tuga. Imaginem lá o petiz a assaltar um banco e fazer-se inserir no estabelecimento prisional onde se encontra encarcerado o seu pai. As peripécias que passaria para o tirar de lá, aliando-se a outros prisioneiros, uns mais bonzinhos, outros nem por isso. Até se podia apaixonar pela pediatra. Era bonito de se ver.
Talvez, se não der para uma série prolongada, a TVI use a ideia para um episódio dos Casos de Vida.Ou então, dado o potencial que esta história tem para ser um musical, talvez o La Féria queira fazer um dos seus espectáculos grandiosos com este pungente drama familiar. Imaginem o Júlio Miguel a fazer um dueto com a Anabela! (ou então não; não imaginem… Ui! Até dói!).


julio_miguel_e_leninha-o_filho_do_recluso.mp3

terça-feira, maio 06, 2008

Tecnotolices

Não é novidade: sou um bocado infoexcluído. Acho que deve haver maneiras simples de fazer as coisas, mas não as descubro.

Experimentei colocar aqui a música pelo box.net e não gostei do resultado. Primeiro porque não me deixou pôr as duas músicas a que o texto aludia (ficou o "Gato" no outro e agora está aqui o "Tecno"). Depois porque, aparentemente, obriga o pessoal a abrir a música, com dispêndio de tempo e com nova janela, no WMP.

Se alguém souber como resolver isto (toda a gente deve saber menos eu, claro), digam qualquer coisita.

É que isto dá para imagens e para vídeos... é um bocado idiota que não dê para músicas...

AHA, Sim, Ninfa

Já passou muito tempo desde que a minha percepção estética musical mudou. Na altura não tinha um blog onde dar a conhecer ao Mundo a minha musa, a minha Ninfa. Hoje tenho e seria uma injustiça não divulgar a experiência transformadora que foi conhecer esta artista. A minha vida mudou desde que, via Markl (por sua vez, via PortalPimba), conheci a Ninfa Artémis.
É uma artista surpreendente, muito difundida já pela net fora, mas afastada dos grandes palcos nacionais. Nem às queimas das fitas vai, o que me parece justo, visto que, ao pé dela, o Zé Cabra é uma nulidade.


“AHA, Sim, Gato” é um hino pornodebochado que devia ecoar em todos os auto-rádios portugueses. Inspiração para homens e mulheres, não sei se é da força da letra, se da magnificência da música, se das inflexões vocais da artista, mas é de pôr alto, bem alto, a fazer vibrar os subwoofers, de preferência em loop, porque há sempre mais qualquer coisa que aprendemos quando ouvimos segunda vez, e terceira, e quarta…
Quando me parecia que já tinha ouvido tudo, quando o “Gato” me fazia questionar se esta artista de outra galáxia se ficaria por um único top hit, eis que me chega, via PortalPimba, “Tecnotolices”, e aí confirmei que estava perante uma artista com "H" grande. Uma música com uma batida menos dançável que o “Gato”, mas com todos os outros ingredientes, desde a elevada qualidade do texto à suprema divindade da voz. O título parece uma crítica ao José Magalhães, mas é, afinal, a todos os homens, esses tecnotolos consumidores de pornografia.
Para aí uns 20 meses depois de ter contacto com estas músicas (Ave, Markl, o País te agradece), continuo a ouvi-las com o mesmo nível de estupefacção. E, quando as ouço, sinto-me pequenino, tão pequenino, perante essa grande diva da música nacional - quiçá mundial – essa Artemisa, essa Tágide, essa Ninfa do bom gosto.
Se já conheciam, re-ouçam com a devida satisfação. Senão… agradeçam-me apresentar-vos algo tão… bom!



ninfa_artemis-aha_sim_gato[1].mp3



Devo acrescentar em tom de post scriptum que, desta vez sem o Markl (mas de novo via PortalPimba), descobri recentemente uma outra canção que me deixa sérias dúvidas quanto a escolher a melhor música de sempre feita em Portugal. É o “Filho do Recluso” (ou do “reculuso”, porque ajuda à métrica). É sobre um filho que sofre o sofrimento do pai, que está preso (ou “repeso”, o que quer que isso seja).
O jovem que canta esta música não tem nem um décimo do carisma da Ninfa, nem o seu poder vocal. Mas não deixa de ter uma interpretação que entrará nos anais da música. A melodia é mais suave, mas a criança consegue agitá-la como um calhau agita um charco. Mas a letra – meu Deus, a letra! – é sublime.
Ficou então a ressalva. A Ninfa continua a ser a melhor artista portuguesa de todos os tempos, mas o “Reculuso” tem qualidades para, à 5ª ou 6ª audição, ser a melhor música já feita neste jardim à beira-mar plantado.