Blog do Avô

O Primeiro Blogue sobre Corfebol (mas não só) em Portugal!

domingo, dezembro 31, 2006

Dois Mil e Sete

2007
Que dois mil e sete nos traga mais que 2006. Numa altura em que a parte material vai escasseando e em que as perspectivas são de um cinzento a cair para o negro, que a Paixão nos mantenha juntos e a Emoção nos compense q.b.
Em 2007, marca o melhor cesto da tua vida, faz a melhor jogada alguma vez sonhada, joga o jogo mais memorável de todos, alcança a vitória mais marcante alguma vez alcançada.
Isto não invalida que em 2008 voltes a bater estas marcas. Mas, para já, que seja 2007 o melhor ano da tua carreira. Quanto mais não seja por ser o mais recente.
Dentro e fora do Corfebol, que 2007 te sorria, a ti e a todos os que te rodeiam e a quem queres bem.
Em cada passa sonha um desejo concretizável. Em cada desejo, põe um bocadinho de Corfebol. Que cada passa seja, então, um passo, pequeno, no sentido de um Corfebol melhor.
Bom Ano para Todos!

CEM!

100
Durante mais de dois anos, aqui se falou de Queijo, do Arrastão, de um certo Barco, dos nossos Campeonatos, dos Campeonatos dos outros, do Eclipse, do Speed Dating, disseram-se Mentiras no dia delas, jogou-se à Herança, contaram-se Histórias Infantis, lembraram-se datas do Verão ao Natal, desfilaram Grandes Portugueses, abriram-se algumas páginas da Corfebolopédia (infelizmente incompleta... volta Näas, o povo perdoa-te), e tanto, tanto mais.
Aqui, durante 100 posts, o CORFEBOL foi Rei! Aqui, o CORFEBOL é Rei! Aqui, o CORFEBOL será sempre Rei!
Que em algum local o seja. E que o seja por mais outras centenas de posts, assim mo permita a providência.
Cem posts a falar do que nos une e separa. Quem dizia que não havia assunto em torno do Corfebol para dar vida a um Blog?
Obrigado a todos os que dão motivo a essa vida.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Rudolfo, a Rena do Nariz Vermelho

A Rena Rudolfo - a tal do nariz vermelho - é a mais conhecida de todas as que puxam o mais famoso trenó do Mundo. O Rudolfo está para o trenó do Pai Natal assim como o Ricardo Araújo Pereira está para os Gato Fedorento. Ou seja, eles são todos iguais, mas há um mais igual que os outros. Se perguntarem a qualquer gatodependente qual é o Gato que mais fede (no bom sentido, é claro), o primeiro nome a saltar tem de ser o do Ricardo. Se perguntarem a qualquer criança do Planeta qual é a Rena mais divertida, claro que é o red nosed Rudolph. Quem raio se lembra do Blitzen, Dasher, Comet, Donner, Cupid, Prancer, Dancer, ou Vixen? Alguma vez alguém se lembrou deles para fazer uma música de Natal?
Mas nem sempre foi assim. Reza a história que o Rudolfo era um jovem novato na estrebaria do Pai Natal, que todos os natais olhava no céu os seus companheiros mais velhos e experientes, sonhando que um dia, num qualquer Natal, seria ele a estar lá, na equipa titular, a ajudar o velhinho das barbas a distribuir os presentes pelas crianças. Todas. As que se portaram bem e as outras, que essa história de haver prendas só para os que se portarem bem é muito perniciosa e falsa – "eu que o diga!", pensarão muitos meninos que nem sempre foram um modelo de bom comportamento e, mesmo assim, nunca deixaram de ter a prenda no sapatinho.
Ah!, sonhava o Rudolfo, como deve ser lindo ver lá de cima os telhados alvos de neve, as chaminés fumegantes por onde o gordo patrão desce sem se chamuscar, deixando felizes os petizes a cantarolar.
Até que, numa manhã do Grande Dia (a véspera do Dia Principal), o Pai Natal não descolava o ouvido do rádio, de ar desolado. Havia um nevoeiro intensíssimo que os boletins meteorológicos previam ser para durar. Como é que conseguiria guiar o velho trenó por entre as chaminés e levar alegria a casa de cada criança?
Era preciso salvar o Natal e a esperança surgiu sob a forma de... um nariz! Claro! O nariz do Rudolfo, de um vermelho luminoso, seria o farol que orientaria o trenó no meio do denso nevoeiro. Rudolfo nunca mais esqueceu os quatro segundos que o Pai Natal demorou a dizer-lhe, com voz grossa e tom elevado, no entanto afável, “Rudolfo, prepara-te, hoje vais comigo distribuir os presentes!”.
E foi. Á frente dos sete companheiros e do mais simpático dos velhos barbudos e gordos, Rudolfo teve um papel preponderante nesse Natal, do qual já se perdeu a data. E, a partir desse dia, o Pai Natal contou com a prestação da jovem rena em todos os natais. Ainda hoje, se olharmos os céus na véspera de Natal, com a concentração que só os olhos cerrados nos permitem, veremos surgir por entre a estrelas, furando as nuvens, sacudindo flocos de neve, o brilhante nariz da Rena Rudolfo, liderando uma equipa que puxa o voador trenó, carregado de prendas, do Pai Natal.
Pois eu vou aproveitar esta história para pedir uma prenda de Natal a todas as equipas. No próximo fim de semana, o último antes da celebração natalícia, pensem nos Rudolfos que há em cada clube. Quantos jovens não haverá à espera de uma oportunidade, perdidos nas equipas B’s e C, que até podem ter um nariz vermelho com futuro?
Pois eu peço como prenda de Natal, que cada clube deixe um casal de jovens jogar pela equipa superior. Mas que não sejam só dez minutos numa altura em que o jogo esteja já ganho ou perdido. Que seja um jogo inteiro. Sim, porque nesta altura em que se escrevem cartas ao Pai Natal, as crianças também não se contentam com pouco e fazem o rol de todos os anúncios do Canal Panda (*). O Caneira também não faz por menos e pede um campo de futebol para treinar. Alguns sonhadores até pedem a Paz no Mundo. Por isso também posso pedir muito, sabendo que talvez receba um pouquinho.
(*) Há excepções. Felizmente, há excepções. Lindas excepções.
Vou estar, portanto, atento ao próximo fim de semana. Quero ver Rudolfas e Rudolfos a saltitar nos nossos pavilhões, junto dos grandes, a aprender a serem grandes, a crescer, a ganhar confiança para um dia lá estarem de pedra e cal.