Os Jovens no Galinheiro
Os galinheiros andam na moda. Tenho visto alguns por aí e, apesar de serem sempre estranhos, tudo o que venha para aumentar a prática desportiva em Portugal é bem vindo. Por galinheiros, refiro-me àqueles campos semi-cobertos, em que parte das paredes são grades e outra é parede, com tecto para não chover (pelo menos se não houver vento a soprar de uma das faces gradeadas).
Já foi há uns dias que vi pela primeira vez um desses exemplares ali para os lados do Campo Grande, nas terras onde mandam as Irmãs Doroteias. Vê-se da 2ª Circular. Chamou-me particularmente a atenção um cesto amarelo que se consegue habitualmente vislumbrar lá ao fundo, encostado. Presumo que haja outros, mas não convém procurá-los ou ainda nos espetamos no companheiro de trânsito da frente.
Hoje, às 11 e pouco, lá ia eu outra vez a circular na 2ª e vi um dos cestos ali ao meio, mais perto do nós, automobilistas, não encostado, e havia jovens ao seu redor.
Já o facto de ver um cesto de Corfebol me deixava satisfeito. Agora ainda era melhor. Era um cesto de Corfebol a ser utilizado. Não é que seja grande coisa, principalmente se virmos que até é num local tradicionalmente ligado à modalidade, mas é gira a sensação que me percorre nestas alturas e pensei partilhá-la um pouco convosco.
Tenho tido boas notícias sobre o alargamento do número de equipas, de certa forma a contrariar o clima negativo que alguns teimam em espalhar. Ainda ontem soube de boas novas sobre um clube e fiquei muito satisfeito. Este ano parece que vai ter mais equipas e até mais um clube (o tal que se deixa ver a treinar lá para a 2ª Circular). Isso é muito bom.
É pena a apatia que aparentemente se instalou onde era suposto haver a pica usual em quem inicia um novo projecto. Essa apatia demove, desmotiva. Nada se sabe, nada se avança. Espera-se e desespera-se...
Num ano em que crescemos, podemos estar a pôr um freio no crescimento com a falta de iniciativa. Quando raio é que se começa a jogar? Quando é que deixam os jovens sair do galinheiro?